terça-feira, junho 21, 2011

O Despertar da Magia - Critica



Nº de páginas 397

Como sempre haverá SPOILERS na critica.

Aquele que é até agora o volume mais pequeno da saga que li, foi o que demorou mais a lê-lo. No entanto, neste volume, como esperava, o desenvolvimento da história volta a entrar na velocidade cruzeiro que aconteceu na "Muralha do Gelo", por isso pode ser estranho tê.lo demorado tanto tempo a lê-lo, a verdade é que nas primeiras 150 páginas há capítulos que são muito parados e que demoraram a arrancar. No entanto o resto do livro é de uma leitura frenética como a da "Muralha do Gelo", dos pontos mais importantes são a Batalha de Blackwater, uma gigantesca batalha naval e depois terrestre com as forças de Stannis Baratheon a tentar desembarcar em King's Landing, protegida pelas forças do Rei Joffrey e Tyrion Lannister, como vão meter isso na tv, vai ser o grande teste. Outro evento é o ataque de Winterfell por parte de Theon Greyjoy e o que acontece depois.

A norte da Muralha Jon continua na sua quest à procura dos Homens Livres, encontra uma selvagem chamada Ygritte do qual é lhe ordenado para abater, mas ele desobedece e liberta-a, a sua decisão será preponderante num futuro próximo.

Fora de Westeros, Dany continua na procura de apoio para ganhar um exército e rumar para Westeros recuperar o Trono de Ferro, com os seus dragões um bocadinho mais crescidos e já com possibilidade de expelir fogo da boca.

Menor destaque neste livro tem Arya e Catelyn e até Davos, no entanto, têm capitulos interessantes, especialmente o de Catelyn em confronto com Jaime Lannister, seu cativo.

Pontos a favor: Grandiosa batalha de Blackwater, mais Jon Snow e Ghost, amadurecimento das personagens Sansa, Arya, Bran e Theon. Eventos em Winterfell, a Norte da Muralha e em King's Landing.

Pontos contra: Um final de livro menos electrizante que o Game of Thrones/ Muralha de Gelo apesar de ser menos parado que a primeira metade do Clash of Kings. Pouco enfoque na personagem de Robb Stark, esperava maior desenvolvimento após ter sido coroado como Rei do Norte, muito ausente neste livro.

Overall: 8 era para dar um 7.5, mas com os pontos a favor acima mencionados meto para um 8. No entanto, estes dois volumes que constituem o 2º livro: A Clash of Kings, digamos que ficou aquém do que esperava, gostava que tivessem focado ainda mais no Stannis e em Robb e houvesse um melhor desenvolvimento na história de Dany. Vamos ver agora o próximo livro, a Storm of Swords, dizem ser o melhor dos livros

quinta-feira, junho 02, 2011

A Fúria dos Reis - Critica



Apesar de ser o 3º livro, corresponde à primeira metade do 2º livro com o mesmo nome Clash of Kings.

Mais uma vez, serão usados spoilers para esta critica.


Bem, este foi provavelmente o livro mais parado dos 3 que já li, no entanto, não deixa de ser muito bom, especialmente no desenvolvimento de algumas personagens, do qual irei desenvolver mais abaixo. Como é caracteristico nestes livros da Crónica do Gelo e do Fogo, cada capitulo pertence a um ponto de vista de uma personagem, neste Fúria dos Reis foi adicionado dois novos POV (point of view) Davos, um antigo contrabandista mas que é agora o braço direito de Stannis Baratheon, irmão do falecido Rei Robert Baratheon e herdeiro ao Trono de Ferro, apesar de ser referenciado nos dois primeiros livros, só neste é que aparece o senhor de Pedra do Dragão que é influenciado por uma feiticeira chamada Melissandre com poderes proféticos de um deus desconhecido de Westeros, Stannis usa isso como propósito para declarar também Rei e pretender o Trono de Ferro.

O outro POV é de Theon Greyjoy, personagem que já tinha aparecido nos anteriores livros, ele é um rapaz que desde miudo foi cuidado pelos Starks, agora em tempo de guerra, ele é enviado para a sua terra natal, as misteriosas ilhas de Ferro da Casa Greyjoy procurar apoio do seu pai que há 10 anos atrás tinha rebeliado-se contra o Rei Robert, mas foi logo derrotado) para combater os Lannisters. Ao chegar a Pyke, capital das ilhas de Ferro, depara-se com uma situação de preparação para combate, o seu pai está outra vez com ideias de se rebeliar-se de novo, personagens muito interessantes, o seu pai Balon e a sua irmã Asha do qual Theon tem um encontro "engraçado".

No entanto esses dois POV são muito pouco desenvolvidos neste livro, tal como o de Sansa (que continua cativa em King's Landing), Jon Snow (que continua na sua busca pelo seu tio Benjen com o resto da Patrulha da Noite e Daenareys (que inicia uma jornada penosa com os seus dragões para leste Vaes Dothrak após a morte do seu amado Khal Drogo) aqueles POV que detém um maior destaque e um maior desenvolvimento são Tyrion, Arya, Catelyn e Bran.

Começando pelo último, Bran, este continua em Winterfell com o seu irmão mais novo Rickon, na sua terra acontece muita reunião com os vários senhores de casas que são vassalos da Casa Stark, uma das várias personagens que estão por lá são dois irmãos, um bocadinho mais velho que eles que lhe relatam situações estranhas, como os chamados sonhos verdes, sonhos proféticos do qual se diz que irão tornar-se realidade e que há a possibilidade do Bran transformar-se em lobo, foi muito estranho ler essa sequência

Catelyn: Continua com Robb em Correrio, mas o seu filho delega-a como diplomata para tentar estabelecer um acordo com o Rei Renly para uma unidade contra os Lannisters. Catelyn chega ao Reino de Tyrell que detém o apoio da Renly, para tentar estabelecer um acordo, só que algo inesperado acontece, o irmão mais velho de Renly, Stannis ataca a fortaleza de Storm's End, baluarte da casa Baratheon. Nesse segmento são também apresentados duas novas personagens, ambas femininas, uma a rainha Margareth, esposa do Rei Renly (apesar desse preferir o outro lado) e a guerreira Brienne, uma espécie de Joana D'Arc, um dos pontos altos do livro foi o diálogo entre irmãos, e depois o fatídico destino de Renly, morto por uma "sombra", muito possivelmente magia negra criada pela feiticeira sempre vestido de vermelho Melissandre.

Arya: Esta personagem foi possivelmente a que mais capítulos teve direito, começando como fugitiva com o recrutador da Patrulha da Noite Yoren, conhece-se vários personagens durante essa jornada que vão nessa caravana, engraçada está a ideia de Arya ter que se passar como um rapaz nessa altura, no entanto, chegando aos locais mais criticos da guerra entre os Lannisters e Starks, a caravana é atacada pelos Lannisters, e muitos poucos sobrevivem, só Arya e dois ou três personagens, estes continuam só que são apanhados pelos Lannisters de novo e levados para a mítica fortaleza de Harrenhall que muitos dizem que está assombrada mas que é agora Quartel-General de Tywin Lannister,ela é levada para trabalho escravo, no entanto ao saber das histórias de fantasmas neste fortaleza, ela irá usar isso a favor. Curioso o relato de ataques de possiveis alcateias de lobos, poderá ser a sua antiga loba Nymeria que ela teve que afugentar devido ao seu ataque ao príncipe Joffrey.

Falando sobre o príncipe Joffrey, o último POV, e para mim o meu preferido, o do anão Tyrion, quando até pensava que iria ser das menos interessantes, (muita politica) e o quão errado estava, qualquer conflito que ele criou com Varys, Mindinho, Grand Meistre Pycelle e até mesmo Cersei (que é ainda mais doida varrida do que se pensava)os diálogos são simplesmente 5 estrelas, mal posso esperar quando for transposto para TV, este segundo (terceiro na versão PT) livro é claramente de Tyrion.

Pontos a favor: as histórias de Arya, Tyrion, o conflito entre os Baratheon e os eventos ocorridos nas Ilhas do Ferro.

Pontos contra: Mais parado que os livros anteriores, ainda mais personagens novas (embora sejam muito interessantes) pouco desenvolvimento em várias personagens como Jon Snow e Daenaerys.

Overall: 7.5/10 um bocadinho abaixo da Guerra dos Tronos, demasiada caracterização e pouco desenvolvimento e acção do qual seria esperado tendo em conta o final da Muralha do Gelo. Esperava um bocadinho mais, mas se calhar irão voltar ao ritmo frenético da "Muralha do Gelo" no volume a seguir "O Despertar da Magia".