sábado, julho 12, 2008
Análise ao Optimus Alive dia 10 Julho
Depois de um dia anterior dedicado ao metal e ao som mais pesado que me arrebentaram completamente quer em Slayer quer em Iron Maiden, este dia 10 ia outra vez para o campo de batalha desta vez para ver os Rage Against the Machine, uma das minhas bandas preferidas, tal poderão confirmar nos meus posts anteriores em que meto musicas deles sempre a antecipar o concerto em Lisboa que finalmente aconteceu no passado dia 10 e tal como Maiden, foi uma experiência inesquecível, mas já irei falar mais do concerto em si mais á frente.
Começando no inicio, tal como no dia anterior a entrada para o festival foi muito rápida e não teve quase tempo de espera o que é sempre positivo, o festival era outro, era o optimus alive e uma coisa que se saltou á vista é a sua dimensão, tinha para ai o dobro do tamanho do SBSR, mais palcos, tinha uma tenda secundária e um palco para musica electrónica e tinha mais lojas e barracas de comidas, tinha mais o espirito de festival, também outra diferença era o tipo de pessoas, já não se via o pessoal vestido de preto, não havia muitos vestidos com t-shirts de bandas, havia alguns com camisolas de rage, incluindo eu, mas comparado com o dia de Maiden era muito menos, no dia de MAiden, quase toda a gente levou um t-shirt de uma banda.
Como neste dia as bandas que iam aos palcos não me diziam muito, só fui mesmo para ver Rage Against the Machine, mas mesmo assim tive a espreitar algumas bandas.
Vi um bocado de vampire weekend, uma banda que tem crescido de fama nos últimos tempos, um som muito alternativo e indie, não é propriamente o meu tipo de som preferido, mas o pessoal estava a curtir bué, tem um som engraçado, mas acho que funcionava melhor numa aula magna ou no coliseu do recreios, uma situação semelhante a algumas bandas que actuaram nesse dia.
Depois vi um bocado de spiritualized e aquilo era só barulho, não entendi muito bem o tipo de sons deles, estavam a brincar com o feedback e com os whammy's, um bocado esquisito, quando esses acabaram estavam a tocar no meio do publico, os kompania algazarra, banda que tocou ontem no palco principal, uma banda com um som muito kusturica style, aquele som tipico do Carpatos que estava a fazer as delicias do pessoal. Um bom momento.
Depois vieram os the national e também não foi um concerto que me tenha atraído muito, o homem não cantava grande coisa, deu para ir dar uma volta pelo recinto, depois vieram os Gogol Bordello e a coisa aqueceu um bocado, era a banda a seguir a Rage que as pessoas mais queriam ver e o palco principal começou a ficar composto, a musica deles realmente tem ritmo e as pessoas adoraram, eu não podia saltar ou dançar muito porque estava ainda a recuperar do dia anterior e também que estava a poupar para depois em Rage, mas o concerto dos Gogol Bordello foi muito fixe.
Depois, começa The hives, não vi muito este concerto, fui descansar com a malta com quem fui para os bancos porque a seguir a the hives viria o momento por qual toda a gente esperava: Rage Against the Machine
RAGE AGAINST THE MACHINE: Desta vez, não cometi o erro de ir lá para frente como foi em Maiden, decidi ficar atrás, fiquei mais ou menos na mesma zona onde estive em Maiden durante o concerto todo, entre a torre e o palco, desta vez o palco era muito maior e era mais alto que o de SBSR e já se conseguía ver a banda, pelo menos maior parte das vezes. já passava da hora quando de repente as luzes apagaram-se e o som de uma sirene começou a ouvir-se, o pessoal fica todo maluco, 11 anos depois Rage voltam a tocar cá em Lisboa no mesmo sitio de há 11 anos atrás, um grande pano preto com uma gigante estrela vermelha começa a erguer-se no fundo do palco, era o símbolo principal da banda ainda sobre o som da sirene, os membros da banda entram em palco, Zach de la Rocha, o vocalista da banda aproxima-se do microfone e introduz-se com a mítica frase: "Good Evening. We're Rage Against The Machine from Los Angeles, Califórnia". Depois começa o som de Testify e quando foi o "Ugh" toda a gente começa a saltar e começa alta batalha no publico, grandes moshes e toda a gente a saltar, era a loucura, grande energia se sentia, o solo de Tom Morello, fez as pessoas ficarem de boca aberta com ele a fazer o solo tocando o jack da guitarra nas cordas e usando o whammy pedal que cria aquele som característico, e depois veio "who controls the past now, controls the future..." e depois "Now Testify!!" e toda a gente a saltar, melhor introdução era impossivel. Depois veio a Bulls on Parade, mais uma vez o pessoal todo a dar-se em maluco especialmente quando era a parte do whah whah e o solo com o tom a fazer scratching com as cordas da guitarra, a sua mitica "Arm the Homeless", quem precisa de mesas de misturas, lol? Depois de 2 musicas potentes, veio uma mais calma, a People of the Sun, uma musica com um som mais hip-hop e funk, ao menos deu para descansar um bocado, depois veioa bombtrack, mais uma para o pessoal levantar-se com o destaque do chorus e, que o Zach improvisou um bocado as letras misturando ás vezes: "Burn, this city gonna burn" com "Burn, the portuguese gonna burn", provavelmente pouca gente terá notado nesse promenor. Depois veio a minha musica preferida dos RATM: Know your enemy, com o seu riff inicial tocando apenas com os dedos da mão esquerda na corda e com a mão direita no Killswitch a antecipar o riff mais poderoso da musica e depois com o grito: Know Your Enemy, mais uma vez foi a loucura no publico, altos moshes, todo o pessoal a saltar, numa só palavra para descrever esta musica: POTENTE do inicio ao fim, logo a seguir ouve-se o baixo do Tim Cummerford era o inicio de Bullet in the Head, a 1º parte da musica mais calma deu outra vez para descansar do desgaste que tive nas outras musicas anteriores, durante o solo desta musica, Tom Morello improvisa um pouco fazendo uns malabarismos com a mão esquerda alternando-a de baixo a cima no bridge da guitarra que deixou mais uma vez o publico de boca aberta e em extase a aplaudir o momento depois veio a parte mais mexida da musica que mais uma vez fez o publico saltar como loucos ao grito "a bullet in the head, you got a bullet in your fuckin head" e acabar com Tom Morello a erguer o seu braço direito com o punho. Depois veio a supresa da noite: Withouth a Face, eles desde que voltaram não tinham tocado ainda esta musica, uma prenda para o publico portugues ao qual a banda estava a ficar rendida. Maior parte do pessoal não conhecia esta musica mas mesmo assim não deixou de a curti-la mais uma vez com um solo virtuoso de Tom Morello, depois desta novidade veio outra: Tire Me, outra das minhas musicas preferidas mas também desconhecida para a maior parte do publico, também achei um supresa devido a ser também raro tocarem-na, apesar de já terem tocado desde que voltaram. Era o unico do sitio onde estava que sabia a letra da musica, situação também que aconteceu em outras musicas de Rage e também no dia anterior em Maiden. Depois veio outra conhecida do publico, ouve-se um som em tremolo, inicia-se a "Guerrilla Radio" e com a letra: "Set it off", o pessoal volta a ficar possesso e maluco e os moshes voltam em grande escala, outro ponto alto da noite foi quando o publico entou em coro "it has to start somewhere it has to start somehow. What better place to hear, what better time than now!!". Depois de Guerrilla, outra musica do album "Battle of Los Angeles": Calm Like a Bomb, também outra supresa para mim, porque não tinham andado a tocar essa musica nos ultimos concertos, mas sempre bem vinda, nessa musica Tom Morello volta a fazer umas variações durante o solo e a canção a acabar mais uma vez com o pessoal cantar:
There's a mass without roofs
There's a prison to fill
There's a country's soul that reads post no bills
There's a strike and a line of cops outside of tha mill
There's a right to obey
And there's a right to kill
Logo a seguir Tom Morello começa a tocar Sleep Now in the Fire e mais uma vez o publico fica maluco e toda a gente a saltar e a cantar: "Hey, Hey, Sleep now in the fire" e essa canção foi mais longa que o habitual, devido a problemas da guitarra do Tom Morello em que Zach aproveitou para improvisar dizendo umas frases quando Tom Morello volta começa a tocar um riff novo, mas muito fixe mas depois voltam ao: "For it's the end of history..." e depois o solo, ao vivo é 100x melhor, é totalmente louco e o pessoal estava mesmo a passar-se com aquilo. Depois dessa veio mais outra novidade: War within the Breath, outra canção, que apesar de já terem tocado antes, também não se estava á espera, tal como a without a face, maior parte das pessoas não conhecia esta musica, excepto um gajo que estava ao meu lado, ele passou-se quando começou esta musica. Com o final desta musica acaba o set inicial e a banda retira-se e tudo fica escuro, de repente começa a ouvir-se o hino socialista a Internacional, e a maior parte do pessoal ficou todo WTF?! RATM é muito mais que uma banda e para mim um verdadeiro fã de RAGE tem que não só gostar da musica deles mas também entender as suas posiçóes e mensagens politicas, mas foi interessante viu-se algumas pessoas como eu a levantar o braço com o punho fechado, foi o momento festa do avante no festival, só faltou a carvalhesa, depois acabou a musica e os musicos voltaram, seguia o encore, antes de começar a musica Zach dedicou a seguinte musica a José Saramago que foi Freedom, mais uma das minhas preferidas e outra que fez saltar o publico especialmente depois de Zach dizer "Your anger is a gift" logo a seguir a Freedom, Tom Morello começa a tocar a ultima parte de Township Rebellion e continua a loucura na plateia, voltou a haver outra improvisação de Zach durante a canção, e depois começa a ouvir-se os 4 acordes iniciais de Killing in the Name of e aí o pessoal entra todo em delirio e toda a gente, mas mesmo toda a gente grita Killing in the name of e de repente toda a gente começa a saltar e ao mosh de uma forma nunca vista, era mesmo intenso e hardcore, especialmente durante os chorus, então o melhor momento foi quando toda a gente a levantar o braço e com o dedo no meio a gritar: Fuck you. I won't do want you tell me e depois toda a gente de frente até bem depois da torre lá para trás a saltar como loucos, foi algo indescritivel e espectacular e depois acabava o concerto, os membros da banda agradecem o apoio, ficaram rendidos ao publico portugues, era perceptivel na cara deles com sorrisos e admiração, talvez lembrem-se de nós e voltem o mais depressa possivel ao nosso pais com um novo album, ou não, desde que voltem que lá estarei outra vez.
Tal como Maiden, esse concerto de Rage Against the Machine ficará na minha memoria como um dos melhores de sempre que já vi e nunca esquecerei cada momento.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário