domingo, novembro 15, 2009
Depeche Mode@Pavilhão Atlântico, Lisboa 14 Novembro '09
Há muito tempo que aguardava vê-los ao vivo e como se diz à 3ª foi de vez. Se pudermos dar uma banda-sonora em cada ano que vivemos então este ano 2009 é claramente Depeche Mode(ano passado foi Iron Maiden, lol).
Depois de cancelarem o concerto no Porto em Julho devido á lesão no joelho do vocalista Dave Gahan, onde também iria estar, um mês depois é anunciado o concerto deles em Lisboa e claro não podia faltar =P.
Ao contrário do concerto do Porto, desta vez não verifiquei a setlist para esta 2ªleg da tournée europeia, queria ser surpreendido e tal aconteceu.
Chego ao Pavilhão Atlântico já a chover, já estava 1/3 da lotação preenchida, tive na plateia muito perto do palco, mas não tive momento algum tipo sardinha em lata, mesmo durante o concerto o que foi muito bom. A banda de abertura foram os Portugueses Gomo, que tocaram umas 6 ou 7 musicas, não são maus, pelo menos foram melhores que os Mundo Cão que abriram para os AC/DC. Depois de terem tocado, os roadies dos Depeche Mode começavam a montar o palco para a banda inglesa, o pessoal já começava a ficar todos em pulgas para ver a banda entrar, até que pouco depois das 21:30 as luzes apagam-se, o grande ecran video atrás do palco acende-se e ouve-se a intro de In Chains, primeira faixa do novo álbum dos Depeche: Sounds of the Universe, o publico entra em êxtase e a gritar "Depeche Mode", os membros da banda começam entrar sendo o vocalista Dave Gahan a entrar uns 10 segundos mais tarde que culminou com gritos por parte do publico feminino que estava em maioria no Atlântico, especialmente quando começou a cantar.
Depois de In Chains, veio a musica mais conhecida do novo álbum: "Wrong", foi muito fixe, provavelmente a melhor actuação desta musica ao vivo, começou a mexer com o publico em que notou-se que muitos não conheciam bem as musicas do novo álbum, belo exemplo foi a musica seguinte: "Hole to Feed" também do novo álbum, mas não deixaram de dançar e saltar e bater palmas, ninguém ficou indiferente ás musicas.
A seguir veio a "A Question of Time" do álbum Black Celebration que levou ao rubro o Atlântico, Dave fez girar-se com o tripé do microfone várias vezes durante esta musica, uma das suas trademarks e ainda faz com grande rapidez como antigamente =D. Depois veio um dos momentos da noite: "Walking in My Shoes", no ecrân video aparece um corvo a olhar para o publico, muito fixe. Depois vem Precious do álbum anterior ao novo, não sou grande fã desta faixa apesar de reconhecer qualidade, mas muita gente encantou aos 1ºs acordes que Martin tocava, muitos casalinhos que estavam lá aproveitaram nessa altura para estarem aos "amaços", a musica condizia para isso. Depois veio a 1ª surpresa da noite: World in my eyes, não tava nada á espera desta, é uma das minhas musicas preferidas do Violator,a condizer com esta musica, Dave faz danças sensuais para delírios das fãs e muita vez usou o tripé do microfone como se fosse um varão de striptease, há que admitir, o homem é um showman. Depois veio a Fly in the Windscreen também uma das minhas preferidas, apesar dessa ser daquelas musicas que só os fãs mais devotos ouvem. Ao longo do concerto Dave Gahan deixava que o publico cantasse em vez dele os refrões das musicas.
A seguir, Dave sai do palco, é a vez de Martin Gore para o momento mais intimo da noite, aqui outra surpresa, enquanto esperava que tocassem uma das musicas do novo álbum em que ele canta, tocam a Sister of Night! no álbum Ultra quem canta é Dave, mas Martin mostra que se calhar essa musica é mais para o seu estilo, o que se confirmou ontem, realmente sublime. Depois veio a versão mais acústica de Home que levou ás lágrimas a uma das fãs que estava ao meu lado, mais uma vez o publico esteve excelente a cantar em uníssono o solo da musica orquestrado por Martin que parecia encantado com o publico português. Dave voltou a subir ao palco e começa a Miles Aways/The Truth Is a 4ª e a ultima musica que tocaram do novo álbum, é fixe mas não ouço muito essa musica. A seguir veio Policy of Truth, outro dos grandes clássicos do Violator, que levou o publico a dançar como se tivessem numa discoteca. Que continou com It's no Good, outro dos singles preferidos do publico. In Your Room, segue-se, começa com a intro da versão do álbum "Songs of Faith and Devotion" e depois no 2ª verso começa a versão single, eu pessoalmente prefiro a versão do album, mais darkwave e pesada em vez da versão single, mais rock e light. Por falar em rock, a seguir veio a canção mais virada para o rock dos Depeche Mode: I Feel You, destaque para uma altura em que Dave e Martin em conjunto fazerem headbanging ao mesmo tempo, momento hilariante=P. Enjoy the Silence veio a seguir, e o pessoal delirou-se, Dave encarrega o publico a cantar o refrão que ouviu-se bem alto as cerca de 17 mil pessoas que estavam no Atlântico, Dave vai até á "lingua" para o meio do publico sentir o calor, que por acaso fazia-se mesmo muito no pavilhão atlântico. Quando não se podia pedir maior loucura, seguia-se Never Let me Down Again, outro dos hinos dos DM. A culminar a noite está a mítica "waving arms" imortalizada no 101 do concerto de Rose Bowl em 1988 com toda a gente a mexer os braços no ar para a esquerda e para a direita, com Dave Gahan a deliciar-se.
Assim acabou o setlist casual, a seguir veio o encore. Uma pausa de 2 minutos e Martin Gore e Peter Bordgeno (teclista que substituiu Alan Wilder, que tanta falta faz, enfim) subiram para o palco e tocaram outra grande surpresa: One Caress!!! eles não tocavam esta musica há mais de 16 anos, foi claramente o momento Devotional da noite e foi a versão do álbum o que ainda foi melhor, no final da canção Martin diz "I never thought we could play this one tonight"=P, uma bela prenda para os fãs portugueses, o que demonstra que nós somos dos melhores públicos do mundo e capazes de fazer com que as bandas façam algo especial para nós e não apenas tocarem a mesma coisa e pisgarem-se para o próximo show, relembro os Rage Against the Machine a tocarem a Without a Face no Optimus Alive, que foi a única vez que tocaram esta musica desde que voltaram. A seguir vem Stripped, com o publico a cantar em uníssono o refrão da musica. A seguir ouve-se o som de uma jante a rolar no chão e depois 2 sons fortes de bateria e começa a Behind The Wheel outra das minhas preferidas e que levou o publico aos saltos e a dançar como loucos, foi mesmo grande momento que culminou com a fantástica Personal Jesus a acabar em beleza com o publico a gritar bem alto: Reach out and touch faith!! e assim acabou o concerto com Dave a apresentar cada membro da banda: Martin Gore(vocal, teclas e guitarra, Andrew Flecther(teclas), Peter Bordgeno (teclas) e Christian Eigner (Bateria)e abraçarem-se a fazerem uma vénia ao publico do Atlãntico, Dave ficou ainda uns tempos a agradecer as pessoas e a distribuir beijos ás fãs e depois sai a dizer ao técnico do som: "I have a wonderfull night!" o publico não arredou pé e pediam mais, mas o concerto já tinha acabado e depois ao sair foi o costume, a passo de caracol e com uma chuva tremenda lá fora.
Foi um grande concerto, diverti-me imenso, não foi perfeita porque não tocaram 3 das musicas que tocaram na 1ª volta desta Tour of the Universe e que muito aguardava: Master and Servant, Strangelove e Waiting for the Night, esta ultima seria a musica que terminaria o concerto. No entanto fiquei muito contente com as surpresas Sister of Night, One Caress e World in my Eyes. A voz de Dave que se dizia que estava a ficar gasta, não se viu nada disso, muito pelo contrário está cada vez melhor, Martin foi excelente nas suas canções, dos melhores momentos da noite, o publico foi excelente, foi um concerto muito intimo que joga com as nossas emoções, é assim um concerto dos Depeche Mode e mal posso esperar pelo próximo =)
fica a setlist do concerto de Lisboa, para a história. =D
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