terça-feira, dezembro 08, 2009
The Prodigy - Pavilhão Atlântico (Crónica)
Pela primeira vez em nome próprio em Portugal, os Prodigy voltaram a incendiar Lisboa, desta vez o pavilhão atlântico e eu como não fui ao alive, não podia perder essa oportunidade
Quando cheguei á expo, já estava uma grande fila para se entrar para o PA. Rapidamente apercebi-me que a faixa etária para esse concerto ia ser maioritariamente sub 20, parecia que ia ver um concerto dos muse ou dos green day, Santos ontem á noite devia estar uma maravilha. Mesmo antes de entrar, os putos já se enfardavam com absintos, cervejas que compraram ali no continente do vasco da gama, experimentar os charros, "aspirinas" e outras cenas.
Quando entrei dentro do PA, ainda estava muito vazio, ainda faltava hora e meia para o concerto. Estava um Dj a tocar musicas, electrónicas, ás vezes um mash-up de musicas rock com musicas electrónicas, o dj tinha um visual peculiar, tinha aspecto de pescador escocês mas com rastas, no entanto tocava musicas fixes, e em certas alturas, quando metia sons mais conhecidos, o publico participava na festa, no entanto, mesmo antes da "warm-up band" entrar em palco, já se via pessoal a vomitar no chão e todos bêbados e a serem levados pelos seus amigos com as caras todas pálidas e com ar completamente zombies. Apenas me faz confusão essas pessoas gastarem 35 euros ou mais para esses tipos de eventos e depois por sua pura negligência, e estupidez no meu aspecto, acabar a noite assim, simplesmente não percebo, nunca percebi quando era mais gaiato e provavelmente não irei perceber daqui a 10 anos.
Voltando ao que interessa, ás 9 em ponto, as luzes apagam e aparecem os Enter Shikari, uma banda que junta um som hardcore com electrónica, tem algum som fixe, mas em muitos aspectos achei-o muito confuso, havia muita gente que veio mais ver esta banda que propriamente prodigy, especialmente o publico mais jovem, devido ao facto de ser uma das bandas do momento, muita gente saltou e vibrou com a musica, acho que até foi positivo para a banda, que tocavam pela 1ª vez em Portugal e de certeza que retiraram as melhores impressões do publico português e possivelmente virão cá mais vezes.
45 minutos depois, terminou os Enter Shikari, o DJ que esteve a tocar antes, volta a meter musicas, estaria previsto que apenas demoraria meia hora até a banda tocar, o que aconteceu é que demorou quase o dobro desse tempo, os últimos 10 minutos antes da banda entrar foram sufocantes, cada vez mais gente a entrar e a querer ir para frente, o que fez com que estivesse quase em sardinha em lata, e até estava relativamente perto do palco (quase no mesmo local onde estive nos Depeche Mode, mas nesse ultimo até tive bastante espaço á minha volta e o concerto estava a abarrotar) a banda nunca mais chegava e o pessoal já queria que o DJ acabasse com a musica e fosse embora para a banda entrar.
Já se ouvia alguns assobios e apupos quando de repente as luzes apagam-se e começa a intro, fumo começa a sair as luzes acendem-se, o 1º a entrar é Liam Howlett, o génio por detrás dos Prodigy a saudar o publico e a dirigir-se para o seu território ao pé dos synth e portáteis e outros instrumentos, depois Keith Flint que parecia que estava de pijama e depois Maxim a gritar: "Where the fuck is Lisbon??" e começa a World's on Fire e começou a loucura desde o 1º beat moshpits começam em gerar-se em todo o lado, especialmente na minha zona, não dava para estar quieto, foi a perfeita loucura esta musica funciona muito melhor ao vivo, quando não se podia esperar algo mais extremo, começa a Breathe !! que levou ainda mais até ao limite a loucura na plateia, tanto empurrão que levei e dei ao pessoal, aquilo era tão extremo como em concertos de heavy metal, é esse o poderio dos Prodigy uma banda com bases electrónicas mas que consegue transformar os seus concertos tão intensos como concertos de bandas de rock pesado a seguir é tocado uma versão dubstep de Breathe que é altamente, quase psicadélica como se tivéssemos sobre a influencia de ácido, a seguir vem a Omen, muito esperada pelo pessoa e já é um clássico instântâneo e continua a loucura, os prodigy não nos deixam descansar, não há momentos calmos com eles, nada fica quieto. Poison veio a seguir, esta faixa ácida continua tão poderosa como antes, desde o Sudoeste que não sentia o bassline tão forte, a jaws fill é muita louca, um mix do tema do Tubarão mas Prodigy style.
Warrior's dance, Maxim pede aos "portugueses warriors" para fazerem um circle pit e tal é feito, esta musica embora peça mais que se dance do que mosh, tal como Poison, não impediu que tal acontecesse, a multidão estava de tal modo eléctrica, não havia descanso para ninguém e não houve mesmo a segui porque veio a mítica Firestarter Maxim sai do palco deixando Keith tomar conta das hostes, mesmo 13 anos depois continua a ser tão actual como na altura e foi provavelmente onde o mosh teve ao rubro e houve até nas bancadas!! Keith continua tão maluco como antes, continua a ser aquele gajo que subiu ao palco e de nunca mais saiu de lá. Run with the wolves veio a seguir e continuou a loucura na plateia, tal como a World's on fire, esta faixa funciona muito melhor ao vivo, aquelas batidas de bateria (cortesia de Dave Grohl dos Foo Fighters) são das mais intensas que se pode ter, nessa houve um gajo que caiu ao meu lado e tive que mandar para o pessoal para conseguir levantá-lo senão seria logo espezinhado. A seguir vem a clássica Voodoo People, transforma-se tudo numa grande discoteca.
Faz-se um minuto de espera e começa a Omen Reprise para preparar para a bomba "Invaders Must Die" para o pessoal começar a saltar outra vez como loucos. Maxim pergunta-nos como é que matamos os Invaders, ao qual ele responde prontamente: "with Diesel Power! e começa as grandes basslines de Diesel Power uma das minhas preferidas do fat of the land e nada como o terminar com a Smack my Bitch Up antes do encore, um dos momentos da noite com o principal destaque durante a bridge, a parte da senhora a cantar, Maxim ordenar-nos para baixar, houve uns quantos otários ou porque não sabiam inglês ou porque eram mesmo otários não desceram, mas o que vale é que baixaram a maior parte do pessoal depois quando veio outra vez o sample: Smack my Bitch up! toda a gente levanta-se e tá tudo a saltar como loucos, fuckin insane e acaba e faz-se uns 2 minutos de espera, necessários para recarregar baterias, porque foi sem parar mesmo desde o primeiro beat.
A banda volta, com Liam a ser sempre o primeiro a entrar e a cumprimentar o publico seguindo os restantes membros da banda. A fazer jus a uma data de idiotas que foram para o concerto e acabaram no coma alcoólico, tocam a Take me to the Hospital outra grande faixa do novo álbum, para mim a minha preferida desse, mais uma vez o publico não arredou pé ou mostrou sinais de cansaço e continou partying como se não houvesse amanhã. A seguir tocam a oldie Out of Space, mais para dançar e talvez a menos agressiva de todas que tocaram especialmente no chorus toda a gente a cantar e a estender os braços no ar, beautiful.
Quando se pensava que o concerto estaria terminado, pelo menos da minha parte, porque fecham sempre com a Out of Space, eis que começa a No Good (Start to Dance) já não tocavam esta musica há anos!! que grande surpresa para mim, belo feeling dos 90's que essa musica me dá, é definitivamente o Hino da Dance Music! Que mais surpresas se esperava, começa a Their Law! surpresa não pela musica mas pela ordem, costuma abrir com esta ou ser das primeiras no setlist, mas funcionou muito bem como closer, tal como na Personal Jesus no concerto dos Depeche, acabar with a Bang!! Foi aqui que vi provavelmente o maior moshpit que já assisti, completamente louco. E foi essa a ultima musica do setlist. Maxim agradece o publico português com uma vénia á samurai, o homem tem um estilo do caraças e liam, keith vão para junto da plateia agradecer ao publico também com palmas e dá-se por terminado esta loucura de quase hora e meia de autentica loucura insana onde se dançou, saltou, cantou, e "moshou" sem parar, Lisboa ficou mesmo on fire
E acabou assim o concerto dos grandes Prodigy, definitivamente foi o melhor concerto que vi deles, se foi o melhor que já vi, bem, posso dizer que foi o mais intenso e o que mais saltei, dancei, mexi, de certeza.
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2 comentários:
Também estive lá :)consegui ficar á frente (apanhei com metade da água que o maxim atirou á plateia :P) e tou toda PARTIDA... mas valeu bem a pena :)obrigada pla discrição do concerto... para mais tarde recordar :)
Obrigado =). Também gostava de estar lá á frente e que bem precisava de água, porque não se podia respirar com tanto calor que se fazia lá. tive no meio da plateia que também não esteve nada mal =)
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