domingo, fevereiro 28, 2010

(TOP 20 ) Nº 2: Freelancer (2003)


Desde até ao 3º, a escolha dos jogos foi feita sem muita dificuldade, mas os 2 jogos no topo foi mesmo mesmo muito complicado de decidir qual deles devia ser o primeiro, houve alturas que quis que este jogo Freelancer fosse o nº1 e não o que está em primeiro mesmo.

Bem, Freelancer não é propriamente dos jogos mais conhecidos que existe, mas é claramente uma das melhores experiências que já tive oportunidade para jogar, é para mim um dos jogos mais underrated de sempre e que apesar das muitos boas criticas que teve na altura não teve muitas vendas e rapidamente caiu no esquecimento do casual gamer. No entanto, desde da altura do seu lançamento até hoje, existe um grande culto á volta do jogo, especialmente pelos seus inúmeros e espectaculares mod's, mas isso falarei mais adiante.


O jogo é, como o casual gamer dirá, um jogo de naves espaciais. No entanto, logo que se entra no jogo verá que é muito mais que um simples jogo de naves. Basicamente o jogo é um universo onde tudo é possível ser e fazer. Tens um universo de mais de 50 sistemas, cada qual com as suas características físicas, planetas, estações espaciais, bases inimigas, asteroides, minas, nébulas entre muito outras.

Menos de metade desses sistemas pertencem a 4 grandes Nações: Liberty (EUA), Bretonia (UK), Kusari (Japão) e Rheinland (Alemanha) os restantes são os determinados outer worlds, onde basicamente se encontra os grandes renegados dessas 4 Nações. Existe por todo o universo mais de uma centena de grupos ou facções, muitas delas são inimigas ou aliadas entre elas, no meio estás tu, se por exemplo atacares uma nave de uma certa facção, outras que são suas inimigas poderão ficar tuas aliadas ou vice versa. Tens um universo muito dinâmico e muito real. Além disso nas várias bases ou planetas, tens centenas de naves que podemos adquirir e navegar pelo espaço.


O jogo tem mais elementos de RPG do que propriamente um jogo simples de acção espacial, talvez seja isso que faz com o jogo seja muito rico e para mim mais cativante. Além de que tem uma grande liberdade para fazermos o que quisermos, muito consideram o GTA do espaço, bem, de certa maneira até concordo, devido ao seu free-roaming e podermos fazer tudo que nos der na gana.

No entanto o jogo começa com uma história, single campaign, que é muito boa, apesar que podia ter sido um bocado maior, não que seja curta, faz-se bem em 12, 15 horas. Tem muitas cutscenes de onde se conta a história, tal como se tivéssemos a ver um filme, se juntássemos as cutscenes da história, provavelmente teríamos quase uma hora de jogo, é uma boa história de ficção cientifica, simples, não muito rica e elaborada como por exemplo em Mass Effect 2, mas eficaz. Tu és Edison Trent que é sobrevivente de um ataque a uma estação espacial e... bem mais não digo, experimentem, é uma história que tem vários twists e surpresas, vale a pena.


Entre cada missão da história podes fazer outras side quests que existem, no qual podemos aceitar no bar de cada planeta ou base espacial, normalmente existe vários tipos de missões desde captura o lider de um grupo, como destruir bases entre outras coisas. Outras das opções possiveis é fazer trade business, existe vários produtos que em determinadas bases se pode comprar-lo a preços baratuxos e depois em outras bases ou planetas vender a um maior preço, conseguindo assim um boa quantia de dinheiro. Ou apenas podes vaguear de sistema a sistema

Como dá para perceber, em Freelancer, podes ser um pirata, um mercador, um explorador, um caçador de prémios, um renegado, um policia a defender uma das 4 Casas, a escolha é totalmente nossa.


Freelancer é um jogo muito bonito, o universo, os planetas estão muito bem feitos, apesar de se notar a idade nos gráficos especialmente no detalhe das naves e das personagens, no entanto, o visual dos sistemas é de qualquer coisa de brilhante e lindo, os sois, os planetas, os asteróides e as névoas, passado 7 anos still blows mu mind pela beleza dos cenários.

O som é outro dos grandes pontos do jogo, consegue-se ouvir as comunicações entre as naves vizinhas, se querem entrar nas docas, para onde vão, a identificar-se ou simplesmente a dizer que está a ser atacado, dando uma sensação de inserção nesse universo. As vozes do jogo, especialmente na história principal estão boas, com um bom grupo de actores conhecidos especialmente na tv americana como John Rhys Davies (Sallah do Indiana Jones) George Takei (Heroes, Star trek), Xander Berkely (da série 24), Jennifer Hale (a actriz que faz voice-over mais conhecida dos videojogos) e Ian Ziering (que entrou no original Beverly Hills 90210) a dar a voz á nossa personagem principal, Edison Trent. A musica, apesar de ser muito minimalista, gosto muito dela, quer as musicas que se ouve nos bares, mais de groove electrónico futurista. No espaço, depende dos sistemas onde encontramos as musicas são mais sinistras, um dark groove, mas muito boas. Gosto muito da musica, acho que funciona bem no jogo.
Refiro á jogabilidade, para mim é a melhor jogabilidade que existe para este género de jogos, normalmente é aconselhado usar joystick, aqui usa-se o teclado e rato e está mesmo perfeito, do melhor já feito.


Infelizmente não houve continuação para este jogo, devido á cegueira gananciosa da Micro$oft, que além de ter estragado o jogo durante a sua produção onde mandou encurtar o tempo de desenvolvimento desse, o que fez com que a Digital Anvil cortasse em vários aspectos do jogo que iria tornar o jogo ainda mais grandioso, como por exemplo interacção tipo Mass Effect, podermos andar dentro dos planetas e das bases. Era para ser um jogo em maior escala que provavelmente teria dado um maior sucesso. Pior que isso é que uma sequela do jogo estaria em já em inícios de produção em 2005/2006, só que era para Xbox 360 (embora era bem provavel que iria sair para PC também) mas a Micro$oft mandou cancelar o projecto, porque queria focar-se mais nos FPS tipo Halo e outros franchises, pouco tempo depois, a empresa Digital Anvil fechou as portas.

Felizmente o jogo não está morto. Apesar das suas fracas vendas, criou-se uma excelente comunidade mod online, que ainda hoje desenvolve grandes mods que fazem estender o divertimento do jogo (desde meter naves da guerra das estrelas e de outros filmes e séries de SCi-fi conhecidas, a introduzir novos sistemas, etc) que apesar de a empresa que criou o jogo já não existir, da Micro$oft já não suportar o jogo, especialmente depois de ter terminado com os seus servers para o online, sem esta grande comunidade, este jogo já estaria no esquecimento de todos há muito tempo.



Pode não ser o melhor jogo do mundo, pode muita gente não achar piada ao jogo,uns dizem que é secante ter de andar pelos sistemas todos, no entanto, para aqueles que gostam do jogo, dificilmente encontrarão algo melhor do género, este foi infelizmente o ultimo grande jogo de acção espacial que foi criado num género que teve o seu grande auge nos anos 90. Provavelmente num futuro próximo poderá haver ressurgimento desse género e quem sabe haver algo de novo do universo Freelancer. Universo esse que me fez dar a sensação que como se fosse o nosso universo, o nosso refúgio, é essa a sensação que o jogo me trás e que faz dele tão especial para mim e por isso está na posição que está, e que muito bem podia estar no Nº1.

Fica aqui um vídeo de como o Freelancer está bem vivo de saúde:

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