quinta-feira, julho 10, 2008

Análise ao SBSR dia 9

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Mas que grande dia ontem!!!

Com cerca de 35 mil pessoas ontem no SBSR, maior parte apenas com um nome na cabeça: MAIDEN. Antes da abertura das portas do recinto, já havia uma significativa concentração de pessoal, todos vestido de preto e maior parte com uma t-shirt de Maiden e eu não fui excepção com a t-shirt de Powerslave, o meu álbum preferido de Iron Maiden, mas era azul escura, lool. Era incrível a adoração do fãs a Maiden, em que antes das portas abrirem, já cantavam algumas musicas de Maiden. O ambiente no festival era semelhante ao que tinha visto quando fui ver Metallica ano passado no mesmo recinto, muito pessoal da velha guarda, bué pessoal gótico, especialmente as raparigas, algumas vestidas de cabedal preto e muitas delas, de certeza que me conseguiriam pegar-me ao colo. Depois havia os fãs de avenged sevenfold, que era todos jovens e que era EMO's,pensem nos fãs de Tokio Hotel com 15, 16 anos é o mesmo género.
Antes e durante o intervalo dos concertos eles metiam a tocar AC/DC, e via-se o pessoal todo a cantar as musicas desses monstros do Rock

Agora ao essencial desta crónica, a análise aos concertos:

Lauren Harris: Tocou menos de meia hora e sinceramente não é assim grande coisa, aquilo é mais o nome do que o talento. (ela é a filha do Steve Harris, baixista e o fundador dos Iron Maiden), apesar disso o guitarrista da banda era fixe, tocava uns solos porreiros.

Avenged Sevenfold: Nunca tinha ouvido estes gajos, fui com alguma curiosidade para o meio do publico bem perto da linha da frente, lool. Quando começaram a tocar, de repente levantam-se mãos com as unhas pintadas de preto ou com aquelas luvas pretas e vermelhas muito comum no pessoal emo. O som deles não me atraiu, não me aqueceu e arrefeceu, estava á espera que tocassem a walk dos pantera, que tem andado a tocar nos concertos anteriores, mas não aconteceu. Certamente que a musica deles não atraiu fãs novos e apenas agradou ao seu publico.

SLAYER: Agora, começava o barulho e os concertos a sério!! Abrindo com Disciple, os Slayer entram logo a matar iniciando os mosh pits, que ainda não tinham acontecido nesse dia, com os riffs e solos á velocidade da luz de Kerry King e de Jeff Hannemam e o double bass da bateria de DAve Lombardo a condizer com a voz de Tom Araya e sempre a fazer headbanging, os Slayer fizeram um concerto altamente hardcore, era impossivel não parar de fazer haedbanging que o som deles era tão poderoso e hoje ao estar a escrever isto, estou com o meu pescoço todo dorido, mas é assim mesmo. E as ultimas musicas partiram aquilo tudo, até eu entrei no mosh, aquilo era só empurrar e cargas de ombro, não havia a cena de mandar socos, pontapés, joelhadas ou cotoveladas, isso é mais aqueles putos estúpidos que nunca fizeram mosh e vão para lá com a mania, esses é que merecem levar enxertos de porrada. Como estava a dizer, a melhor parte foi a do fim, apesar de antes ter curtido eles terem tocado musicas do Show no mercy, o 1º album deles voltando ás raizes. Mas a partir de South of Heaven foi o descalabro no publico, depois veio a minha musica preferida deles: Raining Blood, ai toda a gente quase entrou em mosh e headbanging total, ao vivo é perfeito e altamente poderoso esta musica. Depois veio a Mandatory Suicide e a acabar com Angel of Death, outra das minhas preferidas, apesar de tocarem o bridge mais lento que ao habitual mas o resto estava sempre á velocidade cruzeiro de sempre e depois o solo do Dave Lombardo a tocar no double bass com uma velocidade assombrosa e toda a gente a levantar os braços a fazer os Devil's Horns, grande momento e o concerto acaba com o Tom Araya, o vocalista da banda a agradecer ao publico: "You were fuckin amazing tonight. Thank you and goodnight." Que grande concerto, foi o mais exaustivo para mim nesse dia, sai de lá todo partido e ainda faltava MAIDEN.

Passado meia hora depois de Slayer veio o momento que toda a gente esperava: IRON MAIDEN

IRON MAIDEN: antes de começar, já se sentia a adrenalina no recinto, o palco ainda estava tapado e fazia-se os últimos check-ups antes do concerto, os próprios roadies de Iron Maiden eram venerados pela malta e eles retribuíam a pedirem mais barulho e a gritarem maiden, muito fixe. Fui mais para frente que ao habitual com o pessoal com quem estava neste dia, estávamos muito perto do palco, mas já sentia-me em total sardinha em lata, bem apertado e precisava de levantar a cabeça para respirar ar fresco porque em baixa era um cheiro a charro e a tabaco uma coisa doida. Quando as luzes apagam, o pessoal ficou todo em êxtase, começa a tocar a musica Transilvânia com as imagens da tour que Maiden tem feito este ano, o pessoal todo a cantar os acordes, foi uma constante ao longo da noite. Depois ouve-se o Discurso de Winston Churchill e toda a gente a recitar o discurso de cor, depois começa a tocar a intro de Aces High e depois um grande fogo de artificio e o palco revela-se com os elementos egípcios, os hieroglíficos e as múmias a imitar a World Slavery Tour de 84/85 com base do álbum Powerslave, quando começou a tocar a Aces High alto mosh na minha zona toda a gente a empurrar-se, foi mesmo muito mau, tive que ir para trás senão não aguentava, perdi quase a Aces High toda a ir lá para trás, felizmente encontrei um spot bacano entre o palco e a torre de filmagens, depois começa a tocar a 2 minutes to midnight e toda a gente a fazer air guitar, lool, até o pessoal cota fazia, esta musica ao vivo é muito melhor que a versão estúdio. Depois veio a Revelations do álbum Piece of Mind, não é das minhas preferidas deles mas foi fixe, deu para descansar um bocadinho, porque a seguir muda o fundo do palco e começa a The Trooper, Bruce aparece vestido de soldado ingles das Guerras Napoleonicas hasteando uma grande bandeira do Reino Unido, aqui toda a gente a saltar e a fazer headbanging e a cantar a musica do inicio ao fim, excelente. há que admirar a forma e entrega com que a banda ainda toca apesar dos 50 anos que os elementos tem, e Bruce, que grande voz o homem tem, é incrível como ao longo do concerto ele nunca ter falhado uma única vez com a voz e a atingir aqueles altos sons que só ele consegue, e obviamente o pessoal passava-se com os "SCREAM FOR ME, LISBOA!!! SCREAM FOR ME, PORTUGAL!!!!" foi absolutamente incrível. Depois da Trooper veio outra das minhas preferidas, Wasted Years o fundo volta ao inicial com os Eddies do Powerslave, Somewhere in Time e Seventh Son of a Seventh Son juntos, depois o palco fica escuro e começa a intro de Number of The Beast o recital: Oath to you, oh Earth and Sea, for the Devil sent the Beast inWrath, because he knows the time is come, Let them who have understand it, reckon the Number of the Beast, for it is a Human number, his number is 6 hundred and 66. e depois, começam a tocar e o palco fica com o tom vermelho, descemos ao Inferno, o fundo muda outra vez agora com a imagem do Number of the Beast e quando foi o grito de Bruce, (até me aleijou os ouvidos, lool) outra vez grande pirotecnia, desta vez com fogo e subir a grande altura e toda a gente a cantar "666, the number of the Beast". depois o fundo volta ao principal e começa com o Can I play with Madness, também não sou grande fã desta musica, é fixe e tal como a Revelations soam muito bem ao vivo, mais uma vez deu para restaurar um bocado de forças porque a seguir ia-se ouvir História. O Bruce aponta para a Ponte Vasco da Gama e diz: The bridge, over there is the Atlantic, We gonna play a song that we did back in 85 over the World Slavery Tour in the Life after Death, Long Beach Arena in Los Angeles, California. And the moral of this story is: This is not to do, if a bird shit's on you. THE RIME OF THE ANCIENT MARINER. Esta musica de 13 minutos foi para mim o momento alto da noite, facto curioso é que era o única pessoa da zona onde estava que sabia a letra da musica, ou pelo menos quase toda. Bruce veste uma capa preta, o fundo é agora um galeão em ruínas, que é onde a acção se passa, outro dado é que esta musica não tem chorus, quando foi a bridge, o palco fica sobre uma nevoeiro artificial que deu um excelente ambiente sob o som do baixo de steve harris e um som ambiente da guitarra de Adrian Smith, e depois volta a pirotecnia e começa os solos de guitarra de Dave Murray e Adrian Smith, puro Heavy Metal, depois desta ouve-se a intro da musica Powerslave, o fundo é agora um corredor dentro de uma piramide e bruce emerge sobre fogo com uma máscara a cantar: Tell me why i have to be a Powerslave. Estas duas musicas, que são as 2 ultimas do album Powerslave, foram para mim o momento alto da noite. Depois o fundo fica com a capa de Somewhere Back in Time e começam a tocar a Heaven Can Wait, grande musica, deu para descansar outra vez, durante a musica aparece no palco bué pessoal com bandeiras de Portugal e uma de Inglaterra e entoar: OOH Ooh ooh. Depois começou com o som da Bateria de Nicko Mc Brain e começa Run to the Hills e mais uma vez grande ambiente com toda a gente a saltar e a entoar o chorus: Run to the Hills, Run for your lifes. Depois o fundo fica preto e depois começa a tocar a Fear of The Dark, e toda a gente a cantar os acordes, era a musica que toda a gente conhecia, especialmente a malta mais jovem, antes do concerto diziam que era a musica mais esperada, quando foi a altura do verse, começou a gerar um moshzito ao pé de mim, mas rapidamente dissipou-se porque o pessoal já não estava para maluquices, queriam apreciar a musica e cantá-la, foi a única canção que não era dos anos 80 que tocaram, com a musica mais recente vamos para a musica mais antiga do setlist, a faixa homónima Iron Maiden, desta fez a fundo é agora um grande EDDIE sobre a forma de Faraó e durante a musica, o Eddie Faraó abre-se, literalmente e aparece um grande boneco EDDIE em múmia sob uma chuva pirotécnica, e dos seus olhos saíram também pirotecnia, espectáculo. Depois houve uma pausa, ainda faltava o encore, a banda voltou a aparecer, Bruce apresenta os membros da banda um a um, e depos junta-se a Dave Murray que tinha uma guitarra acoustica e começam a tocar a intro da MoonChild, essa musica não gostava muito mas tal como as outras, ao vivo soam tão bem, depois veio uma das minhas musicas preferidas, a Clairvoyant, com a intro espectacular de Steve Harris com o seu baixo, Nesta musica aparece o Eddie futurista de Somewhere in time de 4 metros a andar sobre o palco sob outra vez uma grande chuva pirotecnica,foi mais outro excelente momento neste concerto, depois a ultima musica do concerto foi a mítica Hallowed Be Thy Name, a acabar da melhor forma aquele foi para mim o melhor concerto que já vi na minha vida, tudo correu bem, apesar daquela parte inicial atribulada em que ia ser esmagado, mas pronto, também faz parte. Bruce agradeceu ao publico com a promessa que para o ano voltam cá a Portugal com a tour do novo álbum que irá sair para o ano e lá estarei outra vez, os outros membros da banda distribuiram as suas palhetas de guitarra ao publico e Nicko também distribui as suas baquetas da bateria. E acabava assim o concerto da noite.

E também acabou o dia para mim, é verdade que havia outras bandas a seguir, mas estava cansadissimo e tenho Rage Against the Machine no dia a seguir, hoje, e também vai ser outro concerto intenso.

Amanhã, também faço outra crónica do dia 10.

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